A proposta foi apresentada e aprovada em reunião realizada hoje na Secretaria Estadual de Saúde para discutir o atendimento psiquiátrico de urgência e emergência na capital
O atendimento emergencial psiquiátrico em Goiânia voltou a ser debatido hoje (29) pelo presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, o conselheiro federal Salomão Rodrigues Filho e representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Ministério Público Estadual, Associação Goiana de Psiquiatria e Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc. A reunião, que deu sequência ao debate iniciado na quarta-feira, dia 24, na sede do Conselho, aconteceu no gabinete do secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela.
O objetivo do encontro era buscar uma solução para garantir o atendimento de urgência e emergência aos pacientes psiquiátricos. Atualmente, essa assistência é prestada pelo Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, cuja estrutura física está extremamente precária, o que levou a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia a anunciar o fechamento da unidade.
O presidente do Cremego e o conselheiro Salomão Rodrigues Filho, que no dia 14 de junho visitaram o Wassily Chuc, foram enfáticos ao ressaltar que Goiânia carece de um pronto-socorro psiquiátrico e que o fechamento desta unidade deixaria pacientes em crise sem assistência e sujeitos ao abandono e à violência nas ruas. Salomão Rodrigues Filho, que atua na área psiquiátrica há 40 anos, observou que não existe uma política de saúde mental eficiente sem um pronto-socorro e ressaltou que o ideal seria ter esse serviço funcionando ao lado de um hospital geral.
Para Aldair Novato Silva, nas condições atuais de funcionamento o Wassily Chuc coloca em risco a saúde e a segurança dos pacientes, do corpo clínico e de toda a equipe profissional que atua na unidade. “Por isso, precisamos encontrar uma solução urgente para o problema, pois o Wassily Chuc não tem condições de continuar funcionando, mas Goiânia não pode ficar sem um pronto-socorro psiquiátrico”, disse, citando a posição já defendida também pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e pela Associação Goiana de Psiquiatria, em reunião no Cremego.
O promotor Érico de Pina Cabral, do Centro de Apoio Operacional da Saúde do Ministério Público Estadual, o promotor Vilanir Camapum Júnior, da Promotoria da Saúde do Trabalhador, e os secretários de Saúde de Goiânia, Fernando Machado, e de Saúde do Estado, Leonardo Vilela, também defenderam a necessidade de uma solução emergencial.
Diante das dificuldades apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde para a locação de um novo espaço e da impossibilidade legal de reforma do prédio atual, que é alugado, a Secretaria Estadual de Saúde comprometeu-se a alugar um imóvel e cedê-lo ao município para a transferência do pronto-socorro. Em 20 dias, o Estado deve apresentar às entidades uma proposta de locação do novo prédio.
(Asses. Comunicação/Cremego 29/06/15)