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Conselho Regional de Medicina

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Para debater a crise no atendimento pediátrico em Goiânia, que se arrasta há tempos e, em novembro, foi pauta de reunião entre a presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e o prefeito da capital, Rogério Cruz (LEIA MAIS), o Conselho promoveu ontem, 5, a plenária temática “Pediatria no Serviço Público e Privado”.

O evento contou com a participação da presidente; do secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara; do promotor de Justiça, Cassius Marcellus de Freitas Rodrigues; da conselheira do Cremego e presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Valéria Granieri; dos também pediatras e conselheiros do Cremego, Paula Pires e Fernando Pacéli Neves de Siqueira, além de médicos, diretores de maternidades, demais conselheiros e diretores do Cremego. O secretário de Saúde do Estado de Goiás foi convidado, mas não compareceu.

A presidente abriu as discussões agradecendo a participação de todos e citando que atual gestão do Cremego conta com quatro pediatras, o que reforça o compromisso do grupo de trabalhar em prol do avanço e melhora da pediatria.

O atendimento de crianças por clínicos gerais ao invés de pediatras, deficiência na puericultura, principalmente a falta de acompanhamento de crianças prematuras que necessitam de assistência especializada e os danos que essa falha no atendimento pode trazer ao desenvolvimento dos bebês foram pontos discutidos na plenária.

A ausência do secretário de Saúde do Estado de Goiás foi sentida, pois uma das queixas era a falta de cooperação entre Estado e Município para a regulação de pacientes pediátricos.

O secretário Wilson Pollara citou dificuldades burocráticas e financeiras para a contratação de pediatras, e se mostrou aberto a trabalhar junto ao Cremego em busca de uma solução para os problemas sob a responsabilidade do município.

Foi proposta uma melhor estruturação da saúde básica e a inclusão de pediatras no quadro de atenção à saúde, além de uma campanha para orientar a população sobre a importância do acompanhamento pediátrico. Segundo relatos de participantes, casos simples que poderiam ser resolvidos em unidades básicas e consultas de rotina estão indo diretamente para as emergências, lotando esses serviços.

Outro ponto abordado foi a carência de atendimento de alta complexidade para recém-nascidos. Participantes citaram que a rede pública não possui um protocolo correto de atendimento a esses bebês, faltando locais de atendimento,protocolo e coordenação do serviço.

Após cerca de duas horas de debate, foi decidido que o Cremego, por meio dos quatros conselheiros pediatras e da Câmara Técnica de Pediatria, vai atuar junto à Secretaria de Saúde do Município para a reestruturação do atendimento pediátrico, inclusive com a criação de ambulatórios de puericultura para o acompanhamento dos bebês prematuros.

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