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Fórum de Asfixia Perinatal abordou condutas necessárias antes, durante e após o parto

O Cremego reuniu médicos pediatras, ginecologistas e obstetras, entre outros especialistas, no Fórum de Asfixia Perinatal, na manhã do sábado (28), como forma de apoio à campanha Setembro Verde Esperança, que visa conscientizar e prevenir sobre essa intercorrência.

A asfixia perinatal é a terceira principal causa de morte neonatal em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A condição é caracterizada pela perda de oxigenação do bebê antes, durante ou imediatamente após o parto.

Uma das coordenadoras do evento, a médica pediatra e conselheira do Cremego, Dra. Paula Pires de Souza (CRM/GO 8873 | Pediatria – RQE 4747 | Neonatologia – RQE 10534), ressaltou que a prevenção de asfixia perinatal deve ser uma meta de todos os médicos envolvidos na gestação e nos cuidados neonatais.

Ela mencionou as ações da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), uma das parceiras do Fórum, na missão de promover uma melhor assistência aos bebês afetados. “Estamos trabalhando com as Secretarias Municipais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde para mostrar a importância da implantação do que chamamos de ‘UTI neonatal neurológica’, que possui a estrutura certa para a prevenção de sequelas dos bebês que sofrem asfixia”, relatou Paula, citando ainda que, em Goiás, apenas uma operadora de plano de saúde oferece esse tipo de UTI.

A médica ginecologista e obstetra, Rosicleia de Vlieger (CRM/GO 7558 | Ginecologia e Obstetrícia – RQE 2719), salientou como o Fórum de Asfixia Perinatal é um marco nos debates sobre o assunto. “É fundamental reunirmos todos os especialistas envolvidos na saúde do bebê para que a gente entregue, não só aos pais, mas à sociedade em geral, um futuro adulto saudável neurologicamente”, afirmou ela, que é conselheira do Cremego e representou a Sociedade Goiana de Ginecologia de Obstetrícia (SGGO), entidade também parceira do evento.

Esse trabalho em conjunto foi reforçado pelo médico ginecologista e obstetra Dr. Jonatas de Oliveira Soares (CRM/GO 22417 | CRM/SP 231454 | Ginecologia e Obstetrícia – RQE 17572 | Medicina Fetal – RQE 17573), que falou sobre as condutas ativas nos diagnósticos de vitalidade fetal em risco.

O especialista explicou a respeito dos indicadores de sofrimento fetal, como comprometimento da artéria umbilical e cerebral média. “Às vezes, uma conduta ativa não é só fazer o parto de imediato, mas realizar um planejamento de cuidados, avisar a pediatria e reservar um leito neonatal. Essa programação e atuação conjunta pode alterar o desfecho”, alertou o médico.

Os esclarecimentos sobre o diagnóstico de asfixia no trabalho de parto e parto continuaram com a médica ginecologista e obstetra Dra. Annita Moraes (CR/GO 14481 | Ginecologia e Obstetrícia – RQE 7314). Ela citou as diretrizes em casos suspeitos da intercorrência, incluindo a identificação de riscos de sofrimento fetal ainda no pré-natal.

“Temos a obrigação de fazer um pré-natal bem feito para um desfecho mais favorável, sem esquecer de ter uma conversa sincera com a paciente sobre os riscos dela”, descreveu Annita, lembrando ainda da importância da consulta pré-anestésica e pediátrica antes do parto.

Reanimação neonatal

A médica pediatra Dra. Paula Pires deu seguimento ao Fórum de Asfixia Perinatal com a palestra sobre reanimação neonatal. Ela alertou que o risco de óbito aumenta em 16% a cada 30 segundos de atraso para o início das condutas.

Por isso, é fundamental realizar treinamentos práticos e atualizações dos procedimentos de reanimação, como vem sendo feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e suas entidades estaduais. “Nada funciona na UTI se o bebê não foi reanimado adequadamente antes”, declarou Paula.

O cuidado na fase neonatal terá consequências futuras, como reforçou a médica pediatra Dra. Renata Lorenzetti (CRM/GO 15356 | Pediatria – RQE 8113 | Neonatologia – RQE 8114). Isso porque, além do sistema nervoso central, também podem ocorrer sequelas pulmonares, cardíacas e renais, por exemplo. “A repercussão não é só cerebral, é sistêmica”, resumiu.

Todo o Fórum de Asfixia Perinatal permanece gravado no canal no Youtube do Cremego: www.youtube.com/cremego.

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