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Conselho Regional de Medicina

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O Hospital e Maternidade Dona Íris, Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara e a Maternidade Nascer Cidadão poderão ser interditados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) em dez dias, caso a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não solucione a crise, considerada sem precedentes, que afeta as três unidades.

O anúncio foi feito hoje pela presidente do Conselho, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e pelo diretor Robson Azevedo à diretora técnica da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), Cacilda Pedrosa, a representantes dos médicos das maternidades e à imprensa.

Caso ocorra a interdição ética, os médicos ficarão impedidos de atuar nestes locais, que realizam cerca de 8 mil procedimentos e 1,5 mil partos a cada mês.

Por trás do risco de interdição ética, uma prerrogativa dos Conselhos Regionais de Medicina diante de situações que ameaçam o trabalho dos médicos, estão a falta de medicamentos básicos, falta de insumos, falta de higiene, de equipamentos de proteção individual, falta de segurança, enfim, falta de condições mínimas para um atendimento seguro e com qualidade.

“O médico quer trabalhar, mas ele já não tem o que fazer nas maternidades, pois não tem condições de trabalho”, afirmou a presidente, exemplificando com a falta de medicamentos indispensáveis para o atendimento a prematuros e de roupas esterilizadas para o acesso do médico ao centro cirúrgico, o que potencializa os riscos de infecção.

Há tempos, o Cremego vem tentando dialogar com a prefeitura e a SMS em busca de soluções consideradas simples pelo Conselho, mas que não são aplicadas. “Nós pedimos que o secretário e o prefeito resolvam essa situação ou as unidades serão interditadas para preservar a sociedade”, declarou Robson Azevedo.

A essa crise soma-se também o atraso no pagamento dos médicos. “Temos contas a pagar e não recebemos pelos serviços prestados”, afirmou um médico.

A presidente enfatizou que a população não pode ser prejudicada pela crise na rede municipal e por problemas que afetam também unidades estaduais, como a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que não conta com médico obstetra no plantão.

“O médico não pode trabalhar sem condições e a culpa não é dele”, alertou a presidente, que continuará buscando apoio junto ao Conselho Municipal de Saúde, Tribunal de Contas dos Municípios e o Ministério Público e pede também o apoio da população.

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