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Para debater a crise enfrentada pelas maternidades municipais de Goiânia, o Cremego realizou uma reunião na tarde desta terça-feira, 25 de julho. O encontro virtual contou com a presença do presidente do Conselho, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, membros da diretoria da instituição e representantes do Hospital e Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.

A reunião, que durou quase uma hora e meia, deu sequência a outro encontro realizado pela manhã com representantes da Fundação e das maternidades. A convocção deste segundo encontro pelo Cremego foi com o objetivo de intermediar um acordo entre a Fundação e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) visando garantir a normalização do atendimento à população, hoje comprometido por falhas nos repasses às maternidades.

A conselheira do Cremego e assessora técnica da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), Cacilda Pedrosa, iniciou a discussão relatando a situação complicada que essas instituições de saúde, geridas pela Fundahc, vivenciam.

Segundo ela, os repasses para pagamentos de fornecedores de insumos e para os recursos humanos estão atrasados há dois meses. “Está inviável para os médicos, principalmente os de contratação PJ, continuarem os serviços sem essa previsão de pagamento”, afirmou, acrescentando que, há mais de 20 dias, estão com problemas de escalas e os diretores estão fazendo plantões para não deixar a população desassistida.

Contudo, os impactos já são sentidos, com a diminuição de atendimentos eletivos, apesar de que a obstetrícia é muito caracterizada pela assistência de emergência. A diretora da Maternidade Municipal Célia Câmara, Ana Tamiris Perini, citou que, desde o dia 20 de julho, a instituição parou de receber pacientes da regulação, com o objetivo de focar nas emergências obstétricas e na assistência a mulheres internadas antes dessa data.

O secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, também participou do encontro desta tarde e afirmou que os R$ 10 milhões necessários para regularizar parte dos repasses já estão em tramitação na Secretaria de Finanças e devem ser pagos até o fim da semana, ou seja, dia 28 de julho. Ele ainda ressaltou que deve se reunir com representantes da Fundação para alinhar os pagamentos. “Não existe nenhuma intenção de não pagar”, afirmou ele.

“A negociação com a Secretaria Municipal de Saúde foi exitosa e, nos próximos dois ou três dias, parte dos recursos em atraso será repassada à Fundahc e um cronograma de pagamento deve ser definido para não haver falhas no atendimento”, afirmou o presidente do Cremego.

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