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O Hospital de Urgências de Anápolis dr. Henrique Santillo (Huana), que recebe pacientes graves  do município e de outras 58 cidades do Médio Norte Goiano,  fechou parcialmente suas portas na noite da última quarta-feira, dia 15 de agosto, restringindo o atendimento apenas a casos nos quais o paciente corre o risco de morte. De acordo com a diretoria da unidade, a suspensão de procedimentos, como cirurgias eletivas, foi necessária porque há mais de três meses o hospital não recebe o repasse de verbas do Estado, os materiais e medicamentos em estoque são suficientes para menos de uma semana e os cerca de 700 funcionários estão com os salários atrasados há dois meses.

O motivo do atraso nos repasses é o fim do contrato entre o Estado e a Fundação de Assistência Social de Anápolis, gestora do hospital, que realiza aproximadamente 700 internações e 550 cirurgias por mês, a maioria em vitimas de trânsito e da violência urbana. Hoje (17) pela manhã, o diretor técnico do Huana, Luiz Cláudio Rezende Gonçalves, foi informado que o contrato já foi assinado e a renovação depende apenas da outorga da Procuradoria Geral do Estado, o que é esperado ainda para essa sexta-feira.

Segundo o diretor, assim que o contrato for outorgado, o hospital volta a funcionar plenamente. Caso contrário, a situação no Huana pode se agravar ainda mais. Com um estoque mínimo de medicamentos e de materiais e com médicos e enfermeiros com indicativo de greve, o hospital corre o risco de ser obrigado a fechar até o pronto-socorro.

Com o fechamento parcial do Huana, muitos pacientes estão sendo transferidos para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que também enfrenta uma séria crise devido à falta de bolsas de sangue para os pacientes que necessitam de transfusões. A falta deve-se a não liberação do sangue coletado pelo Hemocentro, que não dispõe de kits para a análise do material e sem essa análise, que detecta doenças como aids e hepatite, o sangue não pode ser liberado.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) denuncia o descaso das autoridades com a saúde pública, que acabou levando ao fechamento parcial do Huana e à falta de reagentes no Hemocentro. O presidente Salomão Rodrigues Filho cobra uma solução imediata para o problema que afeta o trabalho dos médicos e compromete o atendimento à população.

Conselheiro do Cremego, o médico Elias Hanna conta que desde agosto de 2011 corre um processo de renovação da gestão do Huana e o governo vem procrastinando este processo. “Se o governo estadual peca pela falta de planejamento, também há de se dividir a responsabilidade com outras esferas: a municipal e da própria União, que lavam as mãos e curtem o desgaste do governo estadual”, diz, ressaltando que a população, mais uma vez, está pagando a conta da soma de gestores inertes, parlamentares omissos e governantes negligentes com a saúde pública.

Leia mais: Artigo – Socorro! Fecharam o HUANA

 

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