Com os salários atrasados, os médicos vão decidir em assembleia geral marcada para amanhã, quarta-feira, se paralisam ou não o atendimento nas unidades e programas de saúde de Aparecida de Goiânia

 

Os médicos que atuam nas unidades públicas municipais de saúde e no Programa e Estratégia de Saúde da Família de Aparecida de Goiânia poderão suspender o atendimento à população caso a Secretaria de Saúde do município não quite até o próximo dia 20 os pagamentos de novembro e dezembro, que estão atrasados. O indicativo de greve foi aprovado ontem (7) em reunião realizada pelos médicos na sede do Cremego e será votado na assembleia geral extraordinária da categoria marcada para amanhã, dia 9, às 19 horas, no Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás – Avenida Anhanguera, Palácio do Comércio, sala 1402, Centro.

 

O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, que coordenou a reunião dessa segunda-feira com a presença de cerca de 50 médicos, conclamou todos os profissionais a participarem da assembleia. Segundo ele, é muito importante a presença de todos para a discussão dos atrasos dos salários e de outros problemas que vêm afetando as condições de trabalho dos médicos em Aparecida de Goiânia.

 

Na pauta da assembleia, estão também a demissão de médicos pela Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia – fato que os profissionais atribuem a retaliações por parte do órgão –, a precariedade dos vínculos trabalhistas e a falta de um Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) dos médicos do município.

 

Ontem à tarde, antes da reunião com os médicos – que contou também com as presenças do diretor de Fiscalização do Cremego, Ciro Ricardo Pires de Castro, e do presidente do Simego, Leonardo Reis, – Salomão Rodrigues Filho se reuniu com o secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Rafael Nakamura.  O presidente do Cremego, que no último dia 4 já tinha se reunido com representantes dos médicos do município, apresentou ao secretário as queixas da categoria sobre os atrasos nos pagamentos, as demissões e deficiências nas condições de trabalho.

 

Salomão Rodrigues Filho alertou ao secretário que Aparecida de Goiânia vem descumprindo o piso salarial dos médicos. O Conselho também deu um prazo de 10 dias para que Rafael Nakamura apresente esclarecimentos sobre as demissões dos médicos. “Demissões por retaliação ferem o Código de Ética Médica”, alertou o presidente do Cremego, ressaltando que o Conselho vai cobrar a anulação das exonerações ocorridas sem justa causa.

 

Ele também informou que o Cremego já solicitou uma audiência com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, para tratar da melhoria da remuneração, das condições de trabalho, dos contratos e do PCCV dos médicos do município. Atendendo a uma solicitação dos médicos, o Departamento de Fiscalização do Cremego vai fiscalizar todas as unidades de saúde de Aparecida de Goiânia. O trabalho terá início nos próximos dias.

 

Anote na agenda e participe

 Assembleia Geral Extraordinária dos Médicos de Aparecida de Goiânia

 Data: 9 de fevereiro de 2011, amanhã

 Horário: 19 horas

 Local: Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás – Avenida Anhanguera, sala 1402, Edifício Palácio do Comércio, Centro

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