No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, médicos de todo o País vão suspender por 24 horas o atendimento eletivo a usuários de planos e seguros de saúde. Apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos. Consultas, exames e outros procedimentos já agendados para essa data deverão ser remarcados.
A paralisação deve atingir todas as operadoras de planos de saúde, inclusive o Sistema Unimed e Institutos, como o Ipasgo e o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas).
A suspensão do atendimento foi aprovada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas como uma estratégia da luta pelo pagamento de honorários dignos, instituição nos contratos de cláusulas de reajustes anuais e pelo fim da interferência das operadoras de planos e seguros de saúde no exercício da medicina.
O objetivo do protesto é alertar as operadoras sobre a insatisfação da classe médica quanto aos baixos honorários pagos, a inexistência nos contratos de cláusulas de periodicidade e critérios de reajustes, a interferência das empresas na autonomia do médico e a insuficiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na regulação do diálogo entre os planos e os prestadores.
O Cremego conclama a classe médica goiana a aderir à mobilização nacional, suspendendo o atendimento e orientando seus pacientes sobre o motivo da paralisação que visa a melhoria das condições de trabalho e de remuneração do médico e também de atendimento aos usuários, que atualmente são prejudicados pela interferência das operadoras na autonomia do profissional. Em uma pesquisa realizada pelo Datafolha, 92% dos médicos credenciados reclamaram da interferência das operadoras nos diagnósticos e nos tratamentos dos pacientes.
“A adesão dos médicos que atuam em consultórios, hospitais, laboratórios e outras unidades assistenciais de saúde é muito importante para o sucesso do movimento, que deve servir de alerta às operadoras”, diz o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, que define a paralisação como um ato em defesa da saúde suplementar, da prática segura e eficaz da medicina e, especialmente, de maior qualidade na assistência prestada aos cidadãos.
Saiba mais sobre a paralisação
Data: 7 de abril
Duração da paralisação: 24 horas – a partir da 0 hora de 7 de abril
O que será suspenso: Todo atendimento eletivo (consultas, exames e outros procedimentos) a usuários de planos e seguros de saúde.
O que não será suspenso: A paralisação não incluiu atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e particulares.
Os atendimentos de urgência e emergência pelos planos e seguros de saúde também serão mantidos.
Agenda: Atendimentos eletivos já agendados para 7 de abril devem ser remarcados. O Cremego orienta os médicos a não substituírem esses serviços suspensos por atendimentos particulares.
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