Os médicos cirurgiões gerais e do aparelho digestivo, cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões oncológicos e otorrinolaringologistas credenciados junto ao Ipasgo decidiram manter a paralisação dos atendimentos aos usuários do Instituto. A partir da próxima quarta-feira, dia 27 de abril, a paralisação também ganhará a adesão dos cirurgiões vasculares e angiologistas.
A decisão foi aprovada na Assembleia Geral Extraordinária Permanente (AGEP) dos especialistas convocada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e realizada na sede do Cremego na noite de 19 de abril.
Os médicos, que reivindicam a adoção pelo Ipasgo da tabela CBHPM plena com acréscimo de 20%, rejeitaram a contraproposta do presidente do Ipasgo, José Taveira Rocha. Em ofício enviado ao Simego, Taveira disse ser impossível adotar a CBHPM neste momento.
Quanto aos atrasos nos pagamentos, cuja atualização também é reivindicada pelos médicos, o presidente do Ipasgo alegou que os honorários de dezembro de 2010, já vencidos, devem ser pagos até o mês de agosto deste ano. Segundo ele, a quitação dessa fatura vencida deixaria o Instituto em dia com os pagamentos dos médicos credenciados, pois, a partir de fevereiro os pagamentos serão efetuados até o 5º dia útil após o repasse dos recursos financeiros do Tesouro Estadual.
Sobre o contingenciamento de cirurgias eletivas, o terceiro item da pauta de reivindicações dos médicos, Taveira afirmou que o mesmo deve continuar por pelo menos 6 meses. Após este prazo, afirmou, serão feitos estudos para verificar a possibilidade da liberação dos procedimentos.
O diretor de Fiscalização do Cremego, Ciro Ricardo Pires de Castro, e o conselheiro Flávio Cavarsan, acompanharam a AGEP que aprovou a continuidade da suspensão do atendimento eletivo aos usuários do Ipasgo já deflagrada pelos médicos cirurgiões gerais e do aparelho digestivo, cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões oncológicos e a adesão dos cirurgiões vasculares e angiologistas ao movimento.
Esses especialistas suspenderam todo o atendimento eletivo aos usuários do Ipasgo, mantendo a assistência apenas em casos de urgência e emergência. Apenas os otorrinolaringologistas decidiram paralisar somente as cirurgias eletivas. A categoria fará uma assembleia nos próximos dias para definir se estende a paralisação também às consultas, exames e outros procedimentos eletivos. (Com informações do Simego)
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